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quarta-feira, 24 de abril de 2024

Vacinas em dia!

Turma 61 colocando as vacinas em dia.
"campanha de vacinação contra gripe começou, oficialmente, na segunda-feira (25) em várias regiões do Brasil. O objetivo do Ministério da Saúde é proteger a população antes do aumento da circulação do vírus Influenza, que costuma ocorrer no outono e no inverno.
Neste ano, a vacina contra a gripe a ser aplicada no SUS (Sistema Único de Saúde) durante a campanha de vacinação é a trivalente. Ela protege contra três cepas diferentes do vírus, responsáveis pela maioria dos casos atualmente: a Influenza A (H1N1), Influenza A (H3N2) e Influenza B."   Fonte - cnnbrasil
Na última quarta-feira, dia 17 de abril, acompanhados do Orientador Anildo e do Professor Cássio os estudantes da Turma 61, do 6º ano, se deslocaram para o Posto de Saúde para colocarem a Carteirinha de Vacinação em dia fazendo a Vacina da Gripe.
Clique aqui e veja todas as fotos da vacinação dos estudantes!

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sexta-feira, 22 de março de 2024

Oficina de Escrita Criativa - Nossa Identidade

A estudante Roseane da Turma 81 produziu um texto dentro das atividades nas aulas de Língua Portuguesa com o professor Cássio.
Retomando a dinâmica da atividade, a partir de um cartão, onde precisavam escrever uma palavra que representasse sua essência pessoal, decorando-o de acordo. Cada vocábulo escolhido serviu como um pequeno tijolo para que formássemos o mural da identidade dos Anos Finais.
A segunda tarefa foi a de transformar seu cartão no título do texto semanal, descrevendo de forma autoral e própria como aquela palavra se enquadra em sua vida de forma tão impactante para que surgisse como o resultado de um pensamento acerca de si mesmo.
Confira, abaixo, o texto da estudante Roseane da Turma 81
PACIENTE
(Roseane Candido Alves, T81)
Paciência tem limite! Só que dizem que eu tenho demais. Eu também acho isso, mas tem vezes que eu apenas me controlo, porque, como eu disse: paciência tem limite! Até a minha!
Por outro lado, minha melhor amiga é muito impaciente, ela se estressa até com a minha paciência . Eu não acho que paciência deveria causar impaciência. Mas causa. Até minha mãe se incomoda com minha paciência… Meu professor, então, nem se fala. Ele se estressa com tudo e ainda se junta com a minha amiga e dizem que eu sou estressada. Pode uma coisa dessas?
Mas quando eu preciso, eles são pacientes. Quando eu preciso conversar com alguém, minha amiga está sempre lá me ouvindo pacientemente. Meu professor também, sempre me ajuda quando eu preciso e com muita paciência.
Paciência é uma das minhas maiores qualidades, mas tem muita gente que nem sequer conhece essa palavra.
Parabéns pela atividade e obrigado por compartilhá-la com todos nós!

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segunda-feira, 18 de março de 2024

Oficina de Escrita Criativa - Nossa Identidade

A Oficina de Escrita Criativa produziu novos textos nas aulas do professor Cassio.
Seguindo a dinâmida de um cartão, onde precisavam escrever uma palavra que representasse sua essência pessoal, decorando-o de acordo. Cada vocábulo escolhido serviu como um pequeno tijolo para que formássemos o mural da identidade dos Anos Finais.
A segunda tarefa foi a de transformar seu cartão no título do texto semanal, descrevendo de forma autoral e própria como aquela palavra se enquadra em sua vida de forma tão impactante para que surgisse como o resultado de um pensamento acerca de si mesmo.
Confira, abaixo, o texto produzido pelo estudante Isaac da Turma 61.
SAÚDE
(Isaac Pietro dos Santos, T61)
        O que significa a saúde? Para mim e para você é importante, pois seu ser necessita disso. Não há como viver sem saúde, por isso o remédio e a comida existem: para ajudar nosso corpo a combater as doenças e os vírus, que provavelmente nós temos, e nos deixar com a saúde em dia.
          Por isso, cuide do seu próprio corpo, caso contrário seu corpo pode ficar muito mal e, consequentemente, instalar um tipo de bomba relógio, caso as doenças sejam muito fortes, causando sua morte. Mas não se preocupe, isso só acontece se você não se tratar ou tiver um vírus muito forte, o que é difícil de acontecer.
          Por isso eu digo que a saúde importa tanto para mim. Mas por que ela me representa? O porquê é fácil de responder, já que um dia fiquei muito ruim a ponto de ficar sem brincar com meus amigos (a palavra “ruim” representa aqui “ruim de saúde”).
           E o que isso me provocou? Provocou tristeza, porque eram meus amigos que estavam lá brincando sem que eu pudesse participar. Fiquei vários dias pensando nisso e fiquei com pena de mim mesmo ao lembrar disso, porque eu só dormia e comia novamente. E isso eu não desejo a ninguém, incluindo eu.
Parabéns pela atividade e obrigado por compartilhá-la com todos nós!

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quinta-feira, 14 de março de 2024

Oficina de Escrita Criativa - Nossa Identidade

Nesta semana, os alunos foram desafiados a pensar sobre suas próprias identidades na Oficina de Escrita Criativa. Em um cartão, precisavam escrever uma palavra que representasse sua essência pessoal, decorando-o de acordo. Cada vocábulo escolhido serviu como um pequeno tijolo para que formássemos o mural da identidade dos Anos Finais.
A segunda tarefa foi a de transformar seu cartão no título do texto semanal, descrevendo de forma autoral e própria como aquela palavra se enquadra em sua vida de forma tão impactante para que surgisse como o resultado de um pensamento acerca de si mesmo.
Confira, abaixo, um dos textos produzidos pelos estudantes durante essa atividade.
APAIXONANTE
(Sophia Saengler dos Santos, T61)
      Eu escolhi essa palavra pois ela define as pessoas que me amam e que sempre estão comigo. Esta palavra significa a paixão que eu tenho pelo menino que me faz sentir borboletas no estômago, esta palavra significa a minha paixão por ser quem eu sou.
       A paixão é importante, para mim, pois quando eu tinha sete anos tinha que implorar por amor, porque nunca tinha ganhado isso dos meus pais. Quando fechei oito anos, meu pai foi embora para o Paraná e terminou com minha mãe sem ao menos dar tchau, muito menos um abraço ou um beijo. Minha mãe sofreu por três anos, toda a noite ela chorava e eu me sentia devastada por ver minha mãe trancada no quarto chorando horrores.
        Um ano depois, meu irmão terminou o relacionamento e nisso ele não dormia e nem comia mais. Durou dois meses para que ele, esquecesse ela.
A paixão, então, representa o amor que eu ganho e o que eu não ganho, também a perda de pessoas que eu amava.
Parabéns pela atividade e obrigado por compartilhá-la com todos nós!

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sexta-feira, 8 de março de 2024

Semana das Mulheres - Diretora Andrea

Dando sequência e encerrando as entrevistas do programa "das mulheres de nossa escola que os inspiram", hoje os Anos Finais nas aulas de Língua Portuguesa com o prof. Cássio, entrevistaram a Diretora Andrea.
As entrevistas realizadas focam as visões de mundo e as características como mulheres e, também, profissionais das entrevistadas.
Confira abaixo a entrevista com a Diretora Andrea feita pela turma 71:


1 - Como você, como diretora, foi influenciada por mulheres em sua vida pessoal e profissional? 
Eu tive muitas influências na minha história de vida para estar aqui e estar nessa profissão. Quando eu era pequena, gostava muito de brincar de aulinha com minha amiga. Lembro de que uma dinda minha me deu um quadro pequeno verde, não tínhamos muitos brinquedos, então ela acabou me dando esse quadro e estimulou as brincadeiras de aulinha. Meu pai tinha uma irmã que era freira e uma que tinha estudado para isso mas desistido, e todas eram professoras. Eu achava lindo quando a irmã Dorothea chegava em casa com presentes simples e pequenos, mas sempre lindos e organizados. Aquilo tudo eu tenho certeza de que foi me influenciando.
Tenho também uma irmã mais velha que eu. Quando eu tinha 13 anos, no oitavo ano, meu pai morreu, muito cedo. Um dos grandes legados que meu pai dizia para nós, mesmo quando eu era pequeno e guardo muito na memória era: estudem! Porque o estudo ninguém vai tirar de vocês! A minha mãe não tinha estudo, mas meu pai tinha o ensino médio completo. A gente se privava de coisas para que nós recebêssemos o estudo. Quando ele morreu, foi muito difícil para que minha mãe pudesse nos manter, porque éramos quatro. Minha mãe batalhou para que todos nós estudássemos, vendia tortas, porque ela era muito boa na cozinha. Minha mãe, pra mim, é um exemplo de força e de coragem. Ontem, em Cruzeiro do Sul, ela foi homenageada pelo dia da mulher, porque era um exemplo e foi muito envolvida com as questões da sociedade, fez a diferença. Todas essas mulheres foram minhas grandes inspirações. Fui criada no meio de professoras e todas elas, com certeza, foram influenciadas pelas irmãs do meu pai, mulheres fortes e guerreiras, envolvidas com a educação. Não tinha como ser diferente, como fui criada assim trago comigo esse desejo e digo com certeza: eu amo ser professora, eu amo a sala de aula, eu amo os alunos. Sei que daria conta de qualquer coisa porque eu amo minha profissão.
2 - Quais são as mulheres que mais a inspiram e por quê?
Minha mãe, porque é uma mulher inspiradora; minhas tias, que sempre foram um exemplo; minha sogra, que criou quatro filhos sozinha porque seu marido a largou e foi embora, com dois filhos pequenos, para mim ela é uma inspiração e exemplo de força. Sabem quem mais me inspira? As mães de vocês, porque sei que muitas são trabalhadoras e são esforçadas, não medem esforços para ter o pão de cada dia dentro de casa. Aquelas mulheres que dizem o que pensam, nossas professoras me inspiram. A prof. Nadir me inspira; também as mulheres mais velhas porque tem a sabedoria do tempo. Eu teria muitas mais mulheres que eu lembro, como a primeira prefeita de Cruzeira do Sul, ela era uma professora, a Íris. Eu a admirava nela. A prefeita Carmen Regina Cardoso também, eu era inspirada e enfrentava os homens para lutar pela causa das mulheres, das crianças e da educação.
3 - Você já enfrentou desafios específicos como mulher em sua carreira educacional? Se sim, como os superou? 
Sabe, eu não. Não posso dizer que, como mulher, em algum momento fui desrespeitada. Aqui na comunidade, nunca. Eu nunca me senti desrespeitada, às vezes nós atendemos pais revoltados, mas mesmo assim nunca puxei os desrespeitos para mim, e nunca por ser mulher.
4 - Como você equilibra sua vida pessoal e profissional como mulher e diretora escolar?
 
Nem sei às vezes como, porque é tanta coisa. O meu dia não é fácil, mas ao mesmo tempo eu amo a vida que eu tenho. Eu saio de casa todos os dias muito feliz, porque eu amo essa escola e amo estar aqui com vocês. Eu tenho dois filhos, o Bruno e a Alice, e meu esposo Santiago. Nós moramos juntos com minha mãe, que tem 85 anos e não pode mais ficar sozinha. Minha mãe ainda me ajuda bastante, coloca a roupa na máquina, faz comida, e a gente ainda tem tempo, mesmo com minha rotina apertada, de conciliar tudo. Meu marido me ajuda, minha mãe me ajuda, meus filhos também já são maiores e têm autonomia, foi para isso que eu os criei. Eles vão bem na escola, então não tenho preocupação com isso. A direção da escola consome a maior parte do meu tempo e das minhas preocupações, quando digo isso me refiro ao pessoal de cada um. Penso se os alunos estão bem, como as coisas estão dentro das casas, se eles se comportam bem dentro da sala de aula, como os professores se sentem dentro da escola. Sempre penso em como melhorar e isso consome muito da minha cabeça e do meu tempo. Eu tento conciliar, mas às vezes meu marido me xinga “de novo tu estás indo pra escola”. E eu digo: eu preciso estar, é importante. Através do diálogo nós nos entendemos.
5 - Quais são as lições mais importantes que você gostaria de transmitir às meninas da sua escola sobre empoderamento feminino? 
Nunca aceitem desrespeito, sejam sempre vocês mesmas. Quando eu era criança, eu tinha uma amiga que era muito bonita e eu pensava “porque eu não sou tão bonita quanto ela?”. Um dia uma pessoa disse assim para mim: - Déia, essa menina é linda, mas tu és diferente. Tu és inteligente, tu és simpática, tu és querida. O que tu tens aqui (na cabeça), ela não tem. Eu comecei a me entender melhor quando tinha 14 anos, não era mais criança, era adolescente. Nessa fase, pensamos muito na beleza física, que não é o mais importante. O que realmente importa é a educação, o respeito. Nunca podemos deixar um menino, ou um homem, nos desrespeitar. Sejam quem vocês quiserem. Eu era uma menina tímida, do interior, o lugar onde moro não é cidade e isso não me impediu de ser quem eu sou hoje. Cada mulher pode ser o que quiser. Mas uma coisa digo para todos: estudem. Porque ele auxilia vocês a conseguir mais respeito, dinheiro e satisfação. Nunca digam que vocês não conseguem. Eu não me imaginava uma diretora de escola, eu pensava “será que eu consigo fazer isso” e hoje eu vejo que eu consigo. Eu era como vocês e percebo que a gente consegue.
6 - Qual é a importância de promover a autoconfiança e a autoestima entre as jovens alunas? 
O tempo todo precisamos confiar em nós, o que pode ser difícil. Mas precisamos confiar que somos capazes, que conseguimos. Se olhem no espelho e digam: eu posso, eu consigo. Isso vai entrando em nossa cabeça. A autoconfiança precisa começar dentro de si, dentro do coração. Muitas mães estimulam isso. Estou há mais de 20 anos trabalhando no bairro Santo Antônio e vejo que muitas vezes as pessoas do bairro são discriminadas por morarem aqui. Isso é uma luta das mulheres daqui, é uma luta também de cada um de vocês, mostrar que cada um que mora aqui é bom e é capaz. No momento em que se sentirem para baixo, tristes ou chateados com algo, se olhem no espelho e digam: eu posso, eu consigo e sou capaz. E sempre estudem, o grande segredo. Nunca desistam.
7 - Como você encoraja as meninas a explorar áreas de interesse que são tradicionalmente dominadas por homens? 
Sabe aquela frase: você pode ser o que você quiser? É isso. Nós vemos mulheres motoristas de caminhão, vemos mulheres trocando pneus, sendo eletricistas. Ocupam espaços que antigamente eram somente de homens. Mesmo na escola, antigamente os diretores escolares eram homens, o que mudou bastante nos dias de hoje. A maioria é mulher. Ela pode ser o que quiser. Acho que isso facilita para essa geração, antigamente tudo era mais difícil. As mulheres tinham trabalhos de mulher: dona de casa, professora, salão de beleza, mas hoje temos até prefeitas. Antigamente, poucas mulheres conseguiam isso. Mas abriram espaço para que as novas gerações pudessem conseguir essas coisas.
Houve uma época em que mesmo aqui na escola havia pouquíssimos professores homens, Na verdade, as profissões estão se equiparando. As mulheres estão na brigada militar. O que eu digo para vocês que estão aqui: vocês podem ser o que quiserem. Antigamente, somente os homens eram motoristas de carro, hoje dirigir um carro é uma coisa de homens e mulheres. Essa distinção está sendo mudada mesmo pelos próprios homens, que entendem que as mulheres são capazes.
8 - Qual conselho você daria às mulheres jovens que estão se preparando
para enfrentar os desafios do mundo atual?
 
Estudem. Esse é o legado que quero deixar nessa escola. Nunca parem de estudar. Se vocês têm um celular, nele vocês podem jogar, olhar vídeos, ler textos, e quando forem fazer isso, aproveitem para irem atrás de informações que agreguem, não percam tempo com coisas que não trazem benefícios. Dá para relaxar com jogos, mas é preciso equilíbrio. Minha filha é muito estudiosa, mas gosta muito de jogar, então ela procurou jogos sobre países e agora conhece todas as bandeiras e países do mundo e acabou fazendo com que seu irmão jogasse junto e aprendesse. Esses dias, ele fez uma avaliação e na turma dele ninguém sabia nada sobre aquele país, mas o Bruno sabia e a justificativa foi o jogo que aprendera a jogar com sua irmã. Se vocês usam o celular, usem para coisas que agregam conhecimentos. Estudem, não é um marido que vai trazer conhecimento. Façam por vocês.
Então, meninas que estão aqui, sobre ter filhos. É legal, meu primeiro filho eu tive com 33 anos, o que fiz até lá? Eu estudei, conheci lugares, viajei, conheci pessoas. São coisas que é importante vocês pensarem a partir de agora. Temos sonhos na vida, muitos já consegui realizar: ser mãe, ter uma profissão, ser respeitada. Tenham sonhos. Se não sonharmos, é difícil, porque precisamos pensar o que queremos lá na frente. Cada dia vamos conquistando esse sonho. Se digo para vocês, estudem, isso não significa apenas a série em que você estão, mas sim todo o conjunto que engloba tudo. Para isso é preciso de foco, sabermos onde queremos chegar. Se você botarem na cabeça de vocês que querem estudar, então será uma conquista diária.
Esses dias de noite estava na escola e entrei na turma do primeiro ano. Lembro de dizer para eles quando estavam no nono ano que queria vê-los no ensino médio e ver eles, agora me fez perceber que o dia chegou. Eles estão aqui. Mas infelizmente tiveram o que ficaram para trás no meio do caminho por diversos motivos. Então quando digo para ter foco, pode-se começar do básico: abrir o caderno, tirar as dúvidas.
Cada menina que está aqui eu digo para sonhar, para desejar, ter metas e ter foco. Isso serve para os meninos também.
9 - Quais são suas esperanças para o futuro das mulheres na educação e na sociedade em geral?
Espero que as mulheres tenham isso, que elas confiem em si. Confiem no seu potencial. Espero que elas consigam isso, que construam dentro de si autoconfiança. Esse poder que existe, mas que às vezes está quietinho dentro do coração. Para a sociedade, a mulher ser o que ela é de verdade vai ser o motivo de ela conseguir seus objetivos, descobrir a força que ela tem. Quando penso no meu dia, penso em como sou forte e em quantas coisas consigo fazer. < class="MsoNormal">Hoje mesmo acordei cedo, peguei meus filhos, vim na escola abrir, levei eles na escola, fui no banco, voltei para a escola, atendi a pais e agora estou aqui. Penso em como isso é bom, viver é muito bom. Sou muito feliz. Quando algo me abate penso em como é provisório, em como vai passar. Temos que entender que tudo na vida passa. Isso, para nós mulheres, quando temos um namorado e isso acaba, temos de aceitar que passou. Outra pessoa melhor aparecerá. Isso é acreditar na vida. Precisamos ser quem somos o tempo todo.
10 - Como você vê o papel das mulheres na formação da próxima geração de líderes e cidadãos globais?
Acredito que as mulheres estão mais fortes, as gerações estão mais fortes. As mulheres foram se apoderando com o passar do tempo e eles estão empoderando suas filhas. Mas uma coisa me preocupa um pouco: às vezes as mães estão se esquecendo de seus papéis como mães, às vezes tem filhos mandando nas mães, em algumas famílias isso acontece.
A mulher precisa saber e reconhecer seu papel como mulher e como mãe. Quem disse que qualquer uma de vocês que está aqui na escola não pode ser uma vereadora, uma prefeita, uma diretora? O papel da mãe de vocês, ou das mulheres que estão com vocês todos os dias, é esse. As mulheres que estão preparando as próximas gerações precisam ser mais duras com seus filhos. Vejam, quando me perguntaram qual minha inspiração eu disse minha mãe, depois vem as tias e as avós, elas são as grandes inspirações porque são quem temos à nossa volta. Tenho certeza de que hoje vocês ensinam muito as mães de vocês. Mas em alguns momentos as mães passam a mão nos filhos e não dizem coisas importantes que deveriam ser ditas.
Mas vocês podem ver muitas outras mulheres como exemplos, as professoras, as lideranças comunitárias, médicas. Todas elas são pessoas importantes, vocês também podem olhar para elas e se inspirarem, porque vocês são a nova inspiração. Vai chegar um dia em que eu direi minha idade e vou me aposentar, e quem vem no meu lugar vai precisar de força e de coragem. Se elas vão estar preparadas, a vida vai ensinar, porque ela ensina a ter coragem, a ter poder, a ter força. É assim que as coisas acontecem. As mulheres, sim, nos inspiram, mas a gente, vocês que são a nova geração, precisarão descobrir a força que tem dentro de vocês.
Eu queria repetir uma coisa, que eu já repeti mil vezes, que é o mais importante nessa conversa: vocês podem ser o que quiserem. Nunca se puxam para trás, nunca deixem ninguém dizer que vocês não conseguem. Se alguém dizer isso, saia de perto, porque vocês conseguem. Para finalizar, estudem e quando não se sentirem respeitadas saiam de perto e procurem estar com pessoas que agreguem na vida de vocês. A gente escolhe as coisas na vida. Quero dizer que torço para que vocês escolham sempre o caminho do bem, das coisas boas, das coisas saudáveis e nunca se envolvam com coisas que não sejam boas.
Parabéns pela atividade e obrigado por compartilhá-la com todos nós!

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quinta-feira, 7 de março de 2024

Semana das Mulheres - Funcionária Fernanda

Dando sequência às entrevistas "das mulheres de nossa escola que os inspiram",

hoje os Anos Finais entrevistaram a funcionária Fernanda. Entrevistas realizadas focando as visões de mundo e as características como mulheres e, também, profissionais das entrevistadas.
Confira abaixo a entrevista:
1 - Qual a importância, para ti, do Dia Internacional da Mulher?
Eu acho que seria importante se a mulher fosse lembrada e comemorada todos os dias, mas sei da importância de ter, também, um dia específico para que isso seja lembrado. Foi algo que surgiu através de dores e precisa ser lembrado todos os dias.

2 - Como a liderança feminina pode influenciar positivamente a dinâmica no ambiente de trabalho?
Homens e mulheres têm ideias diferentes. A mulher tem uma sensibilidade, um olhar diferente nesse ponto. Aqui, lidamos com a educação, e o homem é mais razão, enquanto a mulher é mais emoção. Esses pontos precisam coexistir para que haja harmonia no ambiente de trabalho e tudo funcione bem.
3 - Para além do trabalho, quais são suas melhores habilidades?
Cozinho muito bem, sou uma ótima conselheira e também uma ótima mãe.

4 - Qual foi a primeira coisa em que você pensou ao começar a trabalhar nesta escola?
Vim para cá quando me casei com meu esposo, que era de Lajeado, há 23 anos. Sou natural de São Gabriel, próximo ao Uruguai, onde o conheci. Trabalho na escola há muito tempo, quando cheguei foi um alívio. Antes trabalhava na Minuano, então me foi realmente uma coisa muito boa. Trabalhar em escola era algo que pra mim era comum e familiar, já que minha mãe também era funcionária de escola e eu ia com ela ao trabalho. Desde então vivo aprendendo, já aprendi muito aqui.

5 - Qual foi o dia mais feliz da sua vida? Para quem é mãe, quando se nasce um filho é o dia mais feliz. Tive três dias mais felizes na minha vida, quando meus filhos nasceram.
6 - Para você, ser mulher é algo fácil ou difícil? Por quê?
Eu acho que Deus nos criou homem e mulher, e a mulher vem com uma carga emocional a mais. Não se torna difícil ser mulher quando coisas são aceitadas, como, por exemplo, aceitar o desafio de assumir o papel de ser mãe, o papel de ser esposa, são coisas que se trabalha para quem deem certo. Quando fazemos algo acontecer diferente, as coisas funcionam. Ser mãe é uma correria, não é fácil, mas é algo que preciso fazer. Agora sou mãe sozinha de 3 filhos e embora seja um desafio, com amor fica tranquilo.

7 - Além de atuar como funcionária da escola, sabemos que você também é formada em Pedagogia. Comente sobre isso.
Me formei em 2018, pela UNOPAR. Ainda não consegui atuar como professora, pois sou funcionária por questões financeiras. Dependo de possíveis concursos, pois sou nomeada e não valeria a pena abrir mão disso para um contrato temporário. 
Adquiri a vontade de ser professora convivendo com os professores e vendo como as coisas funcionam, porque percebi que as coisas podem mudar aqui dentro. Estudar e trabalhar foi muito desafiador, para conciliar é preciso abrir mão de algumas coisas, mas para nosso futuro é importante. Com 46 anos, ainda me pergunto se chegarei a dar aula, porque seria um desafio me desligar desta escola, depois de tanto tempo.
8 - Você já percebeu diferenças no tratamento ou nas oportunidades de trabalho que recebeu até hoje por ser uma mulher?
Por ser mulher, não. Meu maior desafio aqui, quando me mudei (eu não trabalhava porque cuidava da minha filha de 1 ano, quando ela foi pra creche eu comecei a trabalhar) foi deixar currículo em todos os lugares e perceber uma resistência quando viam que eu vinha do bairro Santo Antônio. Nessa época, as coisas eram diferentes aqui e existia um preconceito social muito grande em relação ao bairro, acreditavam que era muito violento e sabiam somente sobre o que ouviam. Onde se encontrava muita gente do bairro era onde as pessoas não queriam trabalhar: nas fábricas. Era uma realidade da época. Hoje em dia não vejo mais, pois encontro gente de todo o bairro trabalhando em vários lugares da cidade.
9 - Você acha que existem estereótipos de gênero associados ao trabalho de limpeza escolar?
Não é algo que precise existir, mas ainda há muito preconceito sobre isso. Cada pessoa tem um jeito de fazer e de pensar, assim como dentro dos lares, acreditam que esses trabalhos são feitos para mulheres. Elas eram criadas para isso, mas hoje em dia não, elas estão dentro do mercado de trabalho e precisam dessa ajuda. 
Precisamos estabelecer relacionamentos baseados na ideia de que como um homem trata sua própria mãe, é como ela tratará sua esposa. Algo ser de mulher para fazer, como a limpeza? Isso não existe. As mulheres estão em todos os lugares, são até mecânicas. Isso precisa parar de existir, esse preconceito enraizado.
10 - Quais conselhos você pode dar para as alunas de hoje enfrentarem o mundo de amanhã como mulheres? 
É importante se valorizarem, não mostrarem para os meninos que eles precisam ver somente um corpo. Precisam mostrar que vocês tem capacidade emocional e física, não ser dependente deles e não serem dominadas. Quando meu marido faleceu, ele tinha uma empresa de guincho e eu sabia lidar com isso porque eu sempre fiquei por dentro das coisas. Eu consegui fazer depois porque eu estava junto, eu via como as coisas eram. Hoje sei trocar torneiras, arrumar vasos. Me tornei independente. Façam isso, façam cursos, aprendam a depender apenas de vocês mesmas. Se puderem trabalhem, não fiquem dependentes. Não aceitem serem tratadas como vocês não querem, independente se for em casa, pelos parentes, ou no trabalho. Aceitem somente o que vocês merecem. No ambiente de trabalho, nunca aceite serem submetidas a estereótipos de servir para uma coisa, coisas de mulheres. 
Vocês têm um privilégio, a minha realidade dentro do bairro foi diferente. Vocês têm educação, vocês têm duas escolas dentro do bairro, mesmo educação infantil. Vocês têm grandes oportunidades, como oportunidades de empregos e de cursos. Aproveitem, façam. A gente não tinha a tecnologia que vocês têm hoje, tudo era mais difícil. Pensem, nunca desperdicem as oportunidades. Aceitem aquilo que de bom as pessoas mais velhas têm a dizer e a trazer.
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quarta-feira, 6 de março de 2024

Semana das Mulheres - Secretária Kelly

Dando sequência às entrevistas "das mulheres de nossa escola que os inspiram",
hoje os Anos Finais entrevistaram a secretária Kelly. Entrevistas realizadas focando as visões de mundo e as características como mulheres e, também, profissionais das entrevistadas.
Hoje a entrevista foi da turma 81 com a secretária Kelly.
Confira abaixo a entrevista:
- O que te influenciou a ser o que é hoje?
Na minha família todo mundo já fez concurso, então eu segui os passos.
- Qual é a melhor parte de ser uma mulher?
Saber que ninguém vem ao mundo senão através de nós.
- Qual é a pior parte de ser uma mulher?
Acredito que seja todo o mundo achar que a gente não consegue fazer as coisas, sendo que somos capazes de fazer tudo.
- Como você faz o balanço entre ser uma profissional e ser mãe?
Mãe eu sou 24 horas por dia, se me ligarem eu saio correndo independente de onde estiver. Meu emprego vem sempre em segundo lugar, porque meus filhos sempre estarão em primeiro lugar.
- O que você pensa sobre a desigualdade entre homens e mulheres na sociedade?
Espero que a gente venha a ganhar muito mais, que sejamos mais valorizadas e ganhemos mais ainda. Meu marido, que tem só ensino médio, ganha mais que do que eu, que tenho ensino superior. Isso mesmo que ambos sustentamos a mesma casa.
- Você se sente acolhida pelos alunos da escola?
Claro, estou aqui há 10 anos e acredito que nunca tive problema com nenhuma pessoa. Imagino que nem todos gostem de mim, mas sempre ajo com educação e recebo isso em troca.
- Você tem alguma história inspiradora de mulheres dentro da escola que gostaria de compartilhar
neste Dia da Mulher?
Tenho, sobre a Tati. Um tempo atrás, Tati teve câncer de mama, ela fez quimioterapia e, mesmo faltando algumas vezes por causa disso, nunca abandonou seu trabalho. Ela se sentia melhor perto da gente e não desistiu, continuou vindo. Ela é um exemplo de resistência e força.
- Quais são seus próprios desejos ou esperanças para o futuro das mulheres dentro e fora da escola?
Espero melhorar, espero meu próprio carro, espero vir para a escola sozinha e de forma independente.
- Você acredita que eventos como o Dia Internacional da Mulher têm um impacto positivo na conscientização e na promoção da igualdade de gênero entre os alunos?
Claro que sim. Até porque a gente quer mostrar o feminino: se uma menina pinta as unhas, os meninos falem muito sobre isso, sempre é algo reparado de forma negativa, mas ela deve e pode fazer o que quiser. Aquilo que os outros não podem fazer faz com que eles peguem em nosso pé.
- Quais conselhos você pode dar para as alunas de hoje enfrentarem o mundo de amanhã como mulheres?
Que elas se valorizem, que saibam que são muito especiais. Todas merecem respeito, nós somos o único meio da existência, tenham consciência disso.
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terça-feira, 5 de março de 2024

Semana das mulheres - Supervisora Escolar Nadir

Em comemoração à semana das mulheres, as turmas dos Anos Finais do Ensino Fundamental se prepararam para entrevistar mulheres de nossa escola que os inspiram, focando em suas visões de mundo e nas suas características como mulheres e, também, profissionais.
No primeiro dia, a turma 91 entrevistou a nossa supervisora escolar Nadir Hartmann.
Confira abaixo a entrevista:
Conte-nos um pouco sobre sua trajetória profissional.
Como sou de outra região, comecei a trabalhar em um concurso na região Noroeste do Estado do RS. Também trabalhei um pouco em Santa Catarina. Agora, em fevereiro, completei 25 anos de trabalho no magistério. 
Comecei trabalhando com os pequenos, já que meu sonho sempre foi a Educação Infantil. Minha primeira experiência em uma escola foi com a pré-escola, mas com o tempo, já que a Educação Infantil não é prioridade do estado, as turmas fecharam e recebi uma vaga na coordenação pedagógica da escola em que trabalhava na época. Quando vim para Lajeado, em 2012 trabalhei 3 anos na 3º CRE e, durante as visitas que realizamos nas escolas, gostei de conhecer a EEEM Santo Antônio e escolhi trabalhar nessa escola em 2015, desde então estou aqui. A direção não foi uma escolha minha, mas entrei em um ano de eleição e alguns colegas insistiram para que eu me candidatasse à vaga. Aceitei o desafio e acabei ficando até hoje na equipe diretiva, mas amo trabalhar em sala de aula. Às vezes precisava substituir no Ensino Médio, quando iniciei como Coordenação Pedagógica, algo fora daquilo que eu estava acostumada e sentia medo, mas são desafios que precisam ser encarados, sem desistir e sempre seguindo em frente.
Quais você diria que foram as suas contribuições para a escola Santo Antônio?
Acredito que trouxe um equilíbrio, uma paz ao ambiente. Haviam problemas quando cheguei à escola, existiam conflitos entre o grupo de trabalho, mas hoje não existem mais, porque somos um grupo unido, ainda que continuem havendo opiniões diferentes, o objetivo final é o mesmo e este desejo está com todos. Há coisas a serem melhoradas, como, por exemplo, melhorar a climatização nas salas de aula, mas começamos do básico e de pouco em pouco fomos melhorando a infraestrutura e iremos melhorar ainda mais. Porém, minha maior preocupação aqui na escola sempre foram os assuntos pedagógicos, com a vontade de demonstrar à comunidade escolar a qualidade e a inteligência dos nossos alunos. Nossa maior arma é o estudo e essa será sempre nossa maior preocupação.
Você enfrentou dificuldades sendo mulher em uma posição de liderança no ambiente escolar? 
Acredito que não, sempre me senti respeitada. A liderança traz respeito quando é bem feita e você mostra seu caráter. Eu não descredibilizo outras mulheres, que passam por situações complicadas em outros ambientes de trabalho, mas em minha experiência sempre tive o respeito de pais, professores e alunos. Sempre tive meu papel respeitado.
Para você, qual é a importância de celebrar o dia da mulher?
Sempre é uma pergunta muito difícil, por causa da história e do contexto cultural da época. Mesmo as crianças tinham uma visão diferente, em outros momentos na sociedade, veja: em certa época, as crianças não podiam sentar junto aos pais para refeições ou conversas. Na questão da mulher, dependendo da cultura, a mulher era e é tratada diferente. Ela era importante para cuidar da casa, mas não tomava as decisões importantes. É algo cultural, antigamente não se achava isso tão errado, mas dependia do contexto, até mesmo em igrejas existiam diferentes formas de se tratar as mulheres. Acredito que hoje a mulher continua precisando ter voz. Em questão de posições no trabalho, as coisas estão melhorando e mulheres estão conseguindo ocupar cargos importantes e melhores, ganhando algumas vezes o mesmo ou mais que homens, porém essa questão deve ser relacionada a competência e não ao gênero. Percebeu-se que a mulher precisava ajudar mais na renda e então a valorização veio, pois era um papel que ficava sempre legado ao homem, que precisava prover às famílias. Continua sendo uma questão de sociedade e de cultura. Hoje os direitos estão mais iguais.
Qual mensagem você gostaria de deixar para suas alunas? E para os alunos?
Estudem, mostrem o valor que vocês tem. Assim serão respeitados em qualquer espaço e ambiente, sendo líderes no trabalho e sociedade. Vocês podem ter a profissão que quiserem. Se olhar para trás na minha vida, digo a vocês: sempre é tempo. Estudava em uma época em era obrigatório estudar até a oitava série e o estudo não era tão valorizado, na minha comunidade. Depois da oitava série, eu tive que parar de estudar e fui trabalhar na lavoura, embora quisesse continuar na escola. Insistindo muito, consegui entrar no magistério, vencendo muitas dificuldades. O desejo da faculdade começou apenas tempos depois, quando já estava casada e com um filho. Todos vocês têm o direito, estudem e ocupem os espaços. Vocês tem valor, vocês precisam acreditar em vocês. Posso me lamentar uma vida inteira e isso não me levará a lugar algum, mas posso tentar aprender com o que a vida me traz e ver onde a vida me levará com isso.
Diga uma lição que você aprendeu durante a vida enquanto mulher e professora que gostaria de transmitir aos seus alunos.
Não desistir de nenhum desafio, quanto mais encararmos e quanto mais vamos chegando ao fim das etapas, mais resultados teremos, mesmo que o percurso não seja fácil. Termine, vá até o final, porque tudo é aprendizagem. Por que é a vida de vocês, não desistam de vocês.
Como você lida com o machismo?
Eu olho para isso como injustiça e injustiça me deixa muito braba. Como lidar? Não posso sair batendo, nem xingando, é necessário debater, conversar, dialogar, mas sempre respeitando. Respeito as pessoas, mesmo não concordando com suas atitudes. Não acredito que grandes campanhas resolvem as coisas, somos respeitadas quando ocupamos nossos espaços com dignidade e caráter.
Qual foi a maior dificuldade que você teve durante o trabalho nessa escola?
O começo. Minha maior preocupação era a responsabilidade, e se algo acontecesse com um aluno? Quem seria cobrado? O diretor. Tudo era muito novo e eu era cobrada pelo meu senso de dever, mas foi um caminho que escolhi, do qual não desisti e persisti para que eu chegasse onde estou hoje. Aprendi muito.

Qual foi a parte mais desafiadora de sua vida?
Assumir o desafio na Escola Santo Antônio, mas sou muito feliz e escolhi estar aqui. Quando somos nomeados, precisamos ir onde há vaga, mas quando pedi transferência, escolhi trabalhar nessa escola. Em todos os lugares que trabalhei a realidade era diferente, mas aqui eu me realizei profissionalmente. Gosto muito de trabalhar aqui, gosto muito de trabalhar com vocês. Hoje posso dizer que sou feliz.
Embora na escola você seja a supervisora escolar, em casa você é uma mãe. Como relaciona essas duas funções?
Olho para vocês, os alunos, como se fossem meus filhos, mas eu saio daqui e tenho minha família. O bem que eu quero pra vocês é igual ao bem que eu quero para meus filhos, que também estudaram em escola pública, assim como eu. No estudo, há momentos em que precisamos ser duros com vocês, pelo bem de vocês. Nunca nego e digo que gosto muito de um abraço. Devo ter abraçado a maioria aqui, ainda que eu cobre e coloque os limites necessários.
Parabéns pela atividade e obrigado por compartilhá-la com todos nós!

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quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Oficinas de Escrita Criativa

As turmas dos anos finais do ensino fundamental de nossa escola trabalharão, este ano, com oficinas de escrita criativa durante as aulas de Língua Portuguesa.  Escrita criativa é a arte de expressar pensamentos, sentimentos e histórias de forma original e imaginativa. Envolve o uso de linguagem de maneira única para transmitir ideias, criar personagens, cenários e tramas que cativem e envolvam o leitor. 
Muito utilizada no mundo das letras, visando desenvolver as habilidades textuais dos alunos, a escrita criativa traz benefícios como expressão pessoal, estímulo da imaginação, desenvolvimento da comunicação, empatia, entretenimento e incentivo à leitura.
Abaixo, dois exemplos de textos produzidos pelos alunos do oitavo ano durante as aulas, explorando o tema do fluxo da consciência, que é uma técnica literária que retrata os pensamentos e emoções de forma contínua e não linear, sem interferência da estrutura tradicional da narrativa, refletindo a fluidez e fragmentação da mente humana.

Fluxo de consciência,
por Raíssa (turma 81)
Nuvem, eu escrevi nuvem, aí parei de pensar quando comecei a escrever e percebi que em nenhum momento tinha parado de pensar, então logo começou a fluir. Reli, percebo que parece que tudo que eu escrevi não fazia sentido algum. Começo a ouvir o ventilador e logo o professor Anildo entrou na sala, então foco o pensamento nas vozes ao meu redor.
Logo após, leio o “fluxo da consciência” e fico me perguntando se eu sei o que é isso, até perceber que estou praticando isso, então penso nas coisas que meus colegas falam e, quando vejo, estou pensando em Jesus e também no que o professor iria imaginar quando lesse isso: “meu Deus”.
Ouço o professor falando do tema, fico me perguntando se o fiz, mas, sim, fiz, e ele ainda não corrigiu. 

Fluxo de consciência,
por William (turma 81)
Estou pensando em uma barata andando de carro e atropelando uma formiga mexendo no celular enquanto comia uma lasanha à passarinho com um ninho cheio de patos paraplégicos segurando varas de pesca enquanto pescavam um jacaré que estava comendo um peixe grelhado debaixo d’água. Também em um panda tomando cachaça de ameixa seca com pimenta de açúcar caramelizado com formigas secas, que tinham passado por um mendigo com corrente de ouro invejado por todos, fazendo com que ele pegasse um balde de água e tocasse nas pessoas de barro que criavam a casa do João de Barro destruídas por um temporal com furacão de mosquitos da dengue.
Parabés Raíssa e William, parabéns professor Cássio pelo excelente trabalho!
Obrigado por compartilhá-la com todos nós!

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sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

Paraninfos

O professor Lucas e a professora Raquel foram escolhidos como paraninfos da Turma 301 do Ensino Médio.
Parabéns aos colegas pelo reconhecimento feito pela turma, parabéns extensivos a todo o corpo de professores, funcionários, orientação, supervisão e direção na condução do trabalho junto ao Ensino Médio.
"O educador não tem o vírus da sabedoria. Ele orienta a aprendizagem, ajuda a formular conceitos, a despertar as potencialidades inatas dos indivíduos para que se forme um consenso em torno de verdades e eles próprios encontrem as suas opções."  Ivone Boechat
"Professores brilhantes ensinam para uma profissão.
Professores fascinantes ensinam para a vida."  Augusto Cury

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