As turmas dos anos finais do ensino fundamental de nossa escola trabalharão, este ano, com oficinas de escrita criativa durante as aulas de Língua Portuguesa. Escrita criativa é a arte de expressar pensamentos, sentimentos e histórias de forma original e imaginativa. Envolve o uso de linguagem de maneira única para transmitir ideias, criar personagens, cenários e tramas que cativem e envolvam o leitor.
Muito utilizada no mundo das letras, visando desenvolver as habilidades textuais dos alunos, a escrita criativa traz benefícios como expressão pessoal, estímulo da imaginação, desenvolvimento da comunicação, empatia, entretenimento e incentivo à leitura.
Abaixo, dois exemplos de textos produzidos pelos alunos do oitavo ano durante as aulas, explorando o tema do fluxo da consciência, que é uma técnica literária que retrata os pensamentos e emoções de forma contínua e não linear, sem interferência da estrutura tradicional da narrativa, refletindo a fluidez e fragmentação da mente humana.
Fluxo de consciência,
por Raíssa (turma 81)
Nuvem, eu escrevi nuvem, aí parei de pensar quando comecei a escrever e percebi que em nenhum momento tinha parado de pensar, então logo começou a fluir. Reli, percebo que parece que tudo que eu escrevi não fazia sentido algum. Começo a ouvir o ventilador e logo o professor Anildo entrou na sala, então foco o pensamento nas vozes ao meu redor.
Logo após, leio o “fluxo da consciência” e fico me perguntando se eu sei o que é isso, até perceber que estou praticando isso, então penso nas coisas que meus colegas falam e, quando vejo, estou pensando em Jesus e também no que o professor iria imaginar quando lesse isso: “meu Deus”.
Ouço o professor falando do tema, fico me perguntando se o fiz, mas, sim, fiz, e ele ainda não corrigiu.
Fluxo de consciência,
por William (turma 81)
Estou pensando em uma barata andando de carro e atropelando uma formiga mexendo no celular enquanto comia uma lasanha à passarinho com um ninho cheio de patos paraplégicos segurando varas de pesca enquanto pescavam um jacaré que estava comendo um peixe grelhado debaixo d’água. Também em um panda tomando cachaça de ameixa seca com pimenta de açúcar caramelizado com formigas secas, que tinham passado por um mendigo com corrente de ouro invejado por todos, fazendo com que ele pegasse um balde de água e tocasse nas pessoas de barro que criavam a casa do João de Barro destruídas por um temporal com furacão de mosquitos da dengue.
Parabés Raíssa e William, parabéns professor Cássio pelo excelente trabalho!Obrigado por compartilhá-la com todos nós!