por Raíssa (turma 81)
Nuvem, eu escrevi nuvem, aí parei de pensar quando comecei a escrever e percebi que em nenhum momento tinha parado de pensar, então logo começou a fluir. Reli, percebo que parece que tudo que eu escrevi não fazia sentido algum. Começo a ouvir o ventilador e logo o professor Anildo entrou na sala, então foco o pensamento nas vozes ao meu redor.
Logo após, leio o “fluxo da consciência” e fico me perguntando se eu sei o que é isso, até perceber que estou praticando isso, então penso nas coisas que meus colegas falam e, quando vejo, estou pensando em Jesus e também no que o professor iria imaginar quando lesse isso: “meu Deus”.
Ouço o professor falando do tema, fico me perguntando se o fiz, mas, sim, fiz, e ele ainda não corrigiu.
por William (turma 81)
Estou pensando em uma barata andando de carro e atropelando uma formiga mexendo no celular enquanto comia uma lasanha à passarinho com um ninho cheio de patos paraplégicos segurando varas de pesca enquanto pescavam um jacaré que estava comendo um peixe grelhado debaixo d’água. Também em um panda tomando cachaça de ameixa seca com pimenta de açúcar caramelizado com formigas secas, que tinham passado por um mendigo com corrente de ouro invejado por todos, fazendo com que ele pegasse um balde de água e tocasse nas pessoas de barro que criavam a casa do João de Barro destruídas por um temporal com furacão de mosquitos da dengue.