hoje os Anos Finais entrevistaram a secretária Kelly. Entrevistas realizadas focando as visões de mundo e as características como mulheres e, também, profissionais das entrevistadas.
Hoje a entrevista foi da turma 81 com a secretária Kelly.
Confira abaixo a entrevista:
- O que te influenciou a ser o que é hoje?
Na minha família todo mundo já fez concurso, então eu segui os passos.
Saber que ninguém vem ao mundo senão através de nós.
- Qual é a pior parte de ser uma mulher?
Acredito que seja todo o mundo achar que a gente não consegue fazer as coisas, sendo que somos capazes de fazer tudo.
- Como você faz o balanço entre ser uma profissional e ser mãe?
Mãe eu sou 24 horas por dia, se me ligarem eu saio correndo independente de onde estiver. Meu emprego vem sempre em segundo lugar, porque meus filhos sempre estarão em primeiro lugar.
- O que você pensa sobre a desigualdade entre homens e mulheres na sociedade?
Espero que a gente venha a ganhar muito mais, que sejamos mais valorizadas e ganhemos mais ainda. Meu marido, que tem só ensino médio, ganha mais que do que eu, que tenho ensino superior. Isso mesmo que ambos sustentamos a mesma casa.
- Você se sente acolhida pelos alunos da escola?
Claro, estou aqui há 10 anos e acredito que nunca tive problema com nenhuma pessoa. Imagino que nem todos gostem de mim, mas sempre ajo com educação e recebo isso em troca.
- Você tem alguma história inspiradora de mulheres dentro da escola que gostaria de compartilhar neste Dia da Mulher?
Tenho, sobre a Tati. Um tempo atrás, Tati teve câncer de mama, ela fez quimioterapia e, mesmo faltando algumas vezes por causa disso, nunca abandonou seu trabalho. Ela se sentia melhor perto da gente e não desistiu, continuou vindo. Ela é um exemplo de resistência e força.
- Quais são seus próprios desejos ou esperanças para o futuro das mulheres dentro e fora da escola?
Espero melhorar, espero meu próprio carro, espero vir para a escola sozinha e de forma independente.
- Você acredita que eventos como o Dia Internacional da Mulher têm um impacto positivo na conscientização e na promoção da igualdade de gênero entre os alunos?
Claro que sim. Até porque a gente quer mostrar o feminino: se uma menina pinta as unhas, os meninos falem muito sobre isso, sempre é algo reparado de forma negativa, mas ela deve e pode fazer o que quiser. Aquilo que os outros não podem fazer faz com que eles peguem em nosso pé.
- Quais conselhos você pode dar para as alunas de hoje enfrentarem o mundo de amanhã como mulheres?
Que elas se valorizem, que saibam que são muito especiais. Todas merecem respeito, nós somos o único meio da existência, tenham consciência disso.