Nossa escola hoje,
mais uma vez, apresenta um bom trabalho e é notícia no jornal O Informativo do
Vale, aqui de Lajeado.
Abaixo transcrevemos
a reportagem de Carolina Schmidt com a Diretora Nadir Hartmann e Coordenadora
Pedagógica Verani Berté.
"Escola faz pesquisa para nortear o trabalho pedagógico de 2018
Além de auxiliar em sala de aula, resultado será aplicado para melhorar realidade do Bairro Santo Antônio
Créditos: Carolina Schmidt Segunda-feira, 20
de Novembro de 2017
 |
EQUIPE: diretora Nadir e coordenadora pedagógica
Verani fizeram parte da equipe que coordenou a
pesquisa - Carolina Schmidt |
Lajeado - A Escola Estadual de Ensino Médio Santo Antônio realizou Pesquisa Socioantropológica
com o objetivo de melhorar a realidade escolar e do bairro. No dia 28 de
outubro, professores e equipe da direção visitaram residências do Santo Antônio
para aplicar um questionário que irá nortear o trabalho pedagógico da escola em
2018.
As respostas foram
anotadas, compiladas e serão apresentadas para os professores até o fim do mês.
Com base nestes dados, será construído o Complexo Temático que originará os
projetos de estudo que serão desenvolvidos no próximo ano. "Tivemos a iniciativa
da pesquisa, pois a filosofia da escola é a valorização do meio onde ela está
inserida em busca da transformação. Acreditamos que as mudanças são possíveis,
quando conhecemos a realidade do local onde estamos. Se apresentamos aos alunos
em forma de ensino, eles levam adiante as ideias e fazem com que as mudanças
aconteçam", observa a coordenadora pedagógica da escola, Verani Berté.
Além dos temas serem trabalhados nas turmas, Verani destaca que as demandas
citadas pelos moradores, poderão ser encaminhadas pela escola para as
autoridades competentes como regularização de lotes, melhorias na
infraestrutura do bairro, entre outros.
Segundo ela, 322
pessoas estiveram envolvidas na pesquisa que destacou eixos como saúde,
trabalho, lazer, infraestrutura, meio ambiente, saneamento, lixo, expectativas
e relação das famílias com a escola, crenças, problemas do bairro,
preocupações, entre outros.
Verani está
satisfeita com o resultado e participação da comunidade. Ela afirma que a
iniciativa da escola resume o pensamento do educador, pedagogo e filósofo
brasileiro, Paulo Freire, sobre a função social da escola. "Com a
pesquisa, pude perceber a ideia na prática. As instituições de educação não
podem, apenas, se resumirem ao ensino do conteúdo. Precisam ajudar a modificar
a realidade. Estou com boas expectativas para aplicarmos os resultados, no ano
que vem. Tenho certeza que iremos colher os bons frutos."
Acolhida das famílias
Para a diretora da
escola, Nadir Rosane Hartmann, um dos pontos significativos foi a acolhida da
comunidade com a equipe que realizou os questionamentos da pesquisa.
"Fomos muito bem recebidos pelos moradores. Com esse contato, pudemos
perceber as necessidades de cada um e entender as situações de forma
individual. Acredito que essa união e parceria são os caminhos para as
melhorias necessárias."
Segundo Nadir, como
as políticas públicas não atendem todas as necessidades da escola, é preciso
que a iniciativa venha da sala de aula e da coordenação pedagógica. "Temos
potencial para colaborar com a evolução do bairro. Dar o primeiro passo, é
essencial para que as coisas aconteçam.""
"Criar um recurso educativo" - assim surgiu o Whisper Phone (Telefone do Sussurro).
"A professora Lucienne descobriu o Whisper Phone em pesquisas na internet. Usado em escolas americanas, o Whisper era vendido nos Estados Unidos a um valor de 110 dólares cada um, segundo ela. Diante do custo, Lucienne continuou a pesquisar e encontrou uma versão artesanal do instrumento que utilizava tubos de PVC.
O “telefone” é um instrumento que permite a captação individual da voz, a amplificação e o retorno desse som somente para quem o esteja utilizando. Trata-se de um fone que possibilita que o estudante ouça a própria voz com nitidez, mesmo quando fala baixinho, como o que acontece quando se fala algo com os dois ouvidos tampados. Segundo a professora, essa individualização possibilita que todos os estudantes participem de uma atividade de leitura oral ao mesmo tempo e que cada um escute somente a si mesmo, sem se incomodar com o colega ao lado. Isso auxilia também na concentração dos alunos."
