A reflexão nas escolas e nas
mantenedoras sobre o adoecimento dos(as) professores(as) nas salas de aula é
urgente.
Iniciamos a discussão com a
transcrição de um texto do site "contratandoprofessores"
que faz uma reflexão sobre o adoecimento dos(as) mestres.
“No Brasil, a carreira de
professor está se tornando uma passagem, um momento de transição para outras
funções. O profissional fica no magistério somente até conseguir um cargo
mais bem remunerado e provavelmente menos estressante.
Prova disso é que 25% dos
docentes brasileiros têm menos de 30 anos e apenas 12% estão com idade acima de
50, bem diferente do que ocorre em outros países. Aqui, o professor ingressa no
magistério ainda jovem, mas em poucos anos, deixa de ver perspectivas.
A baixa remuneração é a
gota d’água num contexto desastroso, que combina elementos como superlotação
das salas de aula, aumento da indisciplina e do desrespeito pelos mestres,
indiferença das famílias e desprestígio social da profissão, falta de estrutura
e de recursos nas escolas e o próprio despreparo dos professores para lidar com
os desafios educativos de hoje.
Esse quadro tem como
primeira consequência o chamado “mal-estar docente”:
cada vez mais professores
adoecem com problemas psicológicos associados a estresse, exaustão emocional,
depressão,
cansaço crônico e
frustração.
A categoria está entre as
mais sensíveis à síndrome de burnout. São
profissionais que entram na educação movidos pelo desejo de mudança social e
lidam diariamente com o desalinhamento entre o sonho e a impossibilidade de
alcançá-lo, entre a impotência diante do sistema de ensino e a cobrança da
sociedade.
Decorrência disso é o alto
número de atestados médicos se repetem pelas escolas do estado e do país.
Outra consequência é a
perda de talentos, uma vez que muitos dos profissionais acabam aceitando
propostas de trabalho em outras áreas.”
Obrigado!