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quinta-feira, 2 de junho de 2022

Ainda sobre "Educação Domiciliar"

"Educação domiciliar: a escola é instituição que se interpõe entre o mundo e o
domínio privado do lar" é o título da publicação no site midianinja publicado dia 19/05/2022, com entrevista com a filósofa Hannah Arendt, que compartilhamos abaixo. Reportagem de Andressa Pellanda, Coordenadora geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, cientista política, comunicóloga, educadora popular e doutoranda em Ciências pelo Instituto de Relações Internacionais da USP.
"Hannah Arendt foi uma filósofa e teórica política contemporânea. Judia nascida na Alemanha, Arendt vivenciou os horrores da perseguição nazista, o que motivou a sua pesquisa sobre o fenômeno do totalitarismo. Suas principais obras são “As Origens do Totalitarismo”, “Eichmann em Jerusalém”, “Entre o Passado e o futuro” e “A Condição Humana”."  Fonte - mundoeducacao
"Hannah Arendt, umas das maiores filósofas que o mundo já viu, estudiosa dos conservadorismos, autoritarismos e totalitarismos, defendia que a escola não é de modo algum o mundo, nem deve ser tomada como tal, é antes “a instituição que se interpõe entre o mundo e o domínio privado do lar”. E assim o deve ser, para que as sociedades possam educar as crianças de forma crítica, com fins de que possam se formar para o trabalho, para a cidadania e plenamente, emancipadas e com a possibilidade de ir além do lugar em que nasceram.
As democracias, como analisado pelo cientista político Robert Dahl, foram se desenvolvendo a partir do momento em que a tomada de decisão sobre as regras sociais passou das mãos de um grupo restrito cujo poder era dado pelo hereditariamente, para um grupo maior, cujo destino na participação política não era mais determinado pelo nascimento. Passamos de hegemonias fechadas para poliarquias, cujo florescimento passa pelo desenvolvimento da economia, com indivíduos livres e uma ordem social justa e pluralista; por uma sociedade tolerante; pela ausência de grandes desigualdades; pela diversidade cultural, religiosa, étnico-racial, de gênero; e pela crença social forte nos valores democráticos."  Fonte - midianinja
1. Há massiva contrariedade à educação domiciliar
Mais de 400 entidades de direitos humanos se posicionaram contra a educação domiciliar, pois afeta diversas áreas da vida em sociedade. Veja o manifesto.

"A educação é o ponto em que decidimos se 
amamos o mundo o bastante para assumirmos 
a responsabilidade por ele".

Não podemos nos desresponsabilizar pelo mundo. 

EEEM Santo Antônio 25 anos de compromisso com a comunidade!
ESCOLA RESTAURATIVA
"Valorização do ser humano e do meio em que vive, em busca de transformação."

segunda-feira, 23 de maio de 2022

Educação domiciliar ou Homeschooling

Abaixo aprofundamos a reflexão sobre o tema da Educação ou Homeschooling que está em pauta no Congresso Nacional.
O artigo de "Carta Capital" com o título "Há uma série de medidas urgentes para a Educação. Nenhuma delas passa pelo homeschooling" - Autorizar e regulamentar a educação domiciliar fere os direitos de crianças e adolescentes, aumentará a desigualdade e abre brechas legais para que não seja ofertada educação pública de qualidade., publicado dia 19 de maio, por Marcele Frossard e Tânia Dornellas.
"Ontem foi aprovado, em regime de urgência na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei nº 2.401/2019 sobre a educação domiciliar, por 264 votos a 144. O placar reflete o espírito de negação da ciência e de argumentos do nosso tempo. Aprovar a educação domiciliar, o homeschooling, é desautorizar e deslegitimar o conhecimento científico, o saber pedagógico, o aparato institucional e tudo mais que a escola representa.
Nos últimos anos, a educação brasileira tem amargado um processo de desfinanciamento e baixa execução orçamentária, como demonstra o estudo ‘Não é uma crise, é um projeto: os efeitos da reforma do Estado entre 2016 e 2021’. Entre 2019 e 2021, a execução caiu R$ 8 bilhões em termos reais. A Lei Orçamentária de 2022 foi aprovada com R$ 63 bilhões a menos do que seria necessário na área da educação.
A redução do financiamento da educação e o Teto de Gastos impactam negativamente o futuro da educação brasileira, cujo direito é assegurado na Constituição. Dificultam o alcance das metas do Plano Nacional de Educação, espinha dorsal da educação no País – se o ritmo atual for mantido, a previsão é que menos de 15% de seus dispositivos sejam cumpridos até 2024. Também fragilizam a gestão pública os inúmeros casos de corrupção e o entra-e-sai de ministros no MEC.
Os 264 parlamentares que aprovaram o projeto avalizaram movimentos excludentes, individualistas e elitistas, sem considerar as implicações na formação da identidade e das subjetividades de milhares de crianças e adolescentes. Também ignoram e o papel social da escola como um lugar transformador e democrático, bem como seu potencial na promoção da diversidade e da inclusão e na ampliação do repertório para a resolução de conflitos, fundamentais para a vida em sociedade.

Clique aqui e acompanhe o restante da reflexão sobre o assunto na reportagem de Carta Capital !

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