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sexta-feira, 1 de março de 2024

Educação e o mito da neutralidade

Abaixo reproduzimos a matéria de Wolmer Ricardo Tavares, Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Articulista, Colunista, Palestrante, Docente Universitário e de Pós-Graduação, publicada em 13 de set. de 2022, no sitelinkedin, com o título "Educação e o mito da neutralidade".
Como ressaltado por Paulo Freire, a educação é transformadora, assim sendo, a mesma não pode ser neutra, já que esta transformação implica em mudanças.
Para Freire, a neutralidade é uma maneira cômoda, hipócrita com o intuito de esconder uma opção ou até mesmo medo de acusar a injustiça. É o mesmo que lavar as mãos em face da opressão reforçando assim o poder do opressor.
As falas acima são corroboradas por Desmond Tutu quando elucida que não há lugar para neutralidade. Segundo Tutu, quando você se diz neutro em relação a uma situação de injustiça e de opressão, automaticamente você está apoiando o status quo injusto.
Demo em seu livro Saber Pensar, publicado pela Cortez em 2000, salienta que países de terceiro mundo apenas se mordenizam, não se desenvolvem uma vez que ao lado do conhecimento, aparece, na contraluz, a produção de ignorância sistemática, em particular pela pregação da neutralidade nunca neutra.
Assim sendo, a política educacional prega uma neutralidade com o intuito de calar as escolas e seus profissionais quanto a manipulação do sistema tendo como cerne o enraizamento da ignorância, da falta de discernimento, da opressão e da miséria.
Dito isso, pode-se perceber que a miséria é a pedra angular que mantém a elite no poder e para Paulo Freire "os opressores, falsamente generosos, têm necessidade de permanência da injustiça, para que a sua generosidade continue.
Pétry em seu livro Poder e Manipulação: como entender o mundo em 20 lições extraídas de O Príncipe de Maquiavel, publicado pela Faro Editorial em 2016, esclarece que "ao contrário do que muitos pensam, assumir uma posição claramente em favor de alguém é sempre melhor do que manter-se neutro", e em nossa atual conjuntura política, a neutralidade reflete a complacência com a miséria, corrupção, fome, desemprego, feminicidio, misoginia, racismo, preconceito, indiferença, intolerância, ódio, demofobia, mentiras dentre outras insanidades.
A neutralidade implica na anulação do sujeito, ou seja, a educação não surtirá nenhum efeito neste, isto é, ele continuará sendo um ser objeto, manipulado por um sistema excludente e elitista.
Paulo Freire deixa claro que a neutralidade da educação é uma visão ingênua, sendo assim, em sua obra Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa, publicado pela Paz e Terra em 1999, ele elucida que "Não posso ser professor se não percebo cada vez melhor que, minha posição não pode ser neutra, minha prática exige de mim uma definição. Uma tomada de posição. Decisão. Ruptura. Exige de mim que escolha entre isto e aquilo”.
As falas acima são corroboradas no livro Educação um Ato Político, publicado pela Autografia em 2019 no qual eu pontuo que a educação nunca é neutra, já que a mesma é uma ação voluntária.
Dito isso, falar em neutralidade na educação é um mito, uma falácia na qual os manipuladores elitistas discursam para que a educação sejam uma ação estéril, aumentando em concomitância a massa de manobra.

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br

http://gestaouniversitaria.com.br/artigos/educacao-e-o-mito-da-neutralidade 


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segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

... cara é a Ignorância!

Fonte - pensador

Fonte - google

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quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Como melhorar a educação do Brasil em 2024

"Como melhorar a educação do Brasil em 2024" é o título de uma postagem feita edocente, datado de 12 de dezembro de 2023.
"A história da educação brasileira tem suas marcas por um percurso de avanços e retrocessos, em parte pelo modo como muitas iniciativas positivas não receberam a continuidade adequada pelos governos de cada período, o que nos leva a um constante retorno ao ponto de partida.

Nesse processo, a sensação que fica é que poderíamos, enquanto sociedade, estar em uma posição muito melhor se a educação fosse compreendida como uma prioridade.

Como rápidos exemplos, podemos lembrar do Plano Nacional de Alfabetização, elaborado por Paulo Freire e oficializado em 1964, mas encerrado, menos de três meses depois, por causa do golpe militar.

Podemos recordar ainda, já nos anos 1980, dos Centros Integrados de Educação Pública (CIEPs), projeto educacional inovador na cidade do Rio de Janeiro, fruto das perspectivas pedagógicas de Darcy Ribeiro, que tinha como objetivo ofertar educação pública de qualidade em horário integral.

Mas, com o passar do tempo e as mudanças de governo, acabou sendo sucateado e tendo suas principais ações descontinuadas.

Mais recentemente, podemos lembrar da queda de investimentos em educação, que atingiu o pior patamar dos últimos dez anos, os problemas de gestão em torno do ENEM, com a menor número de inscritos desde 2005[1], ou ainda o corte dos recursos para as universidades federais, que caiu 45% nos últimos quatro anos.[2]"   Fonte - edocente
Clique no link 
edocente e acompanhe toda a reportagem!


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terça-feira, 9 de janeiro de 2024

Lanceiros Negros - Reconhecimento histórico

Cena de documentário sobre o Massacre
de Porongos, quando lanceiros foram
dizimados por tropas imperiais
Reprodução TVE/RS
"Lanceiros Negros serão incluídos no 'Livro de Heróis e Heroínas da Pátria" é o título da postagem de ontem na página senadonoticias, da Redação, 08/01/2024, 14h41, Fonte: Agência Senado, que reproduzimos abaixo.
"Os Lanceiros Negros, soldados que lutaram na Guerra dos Farrapos, agora terão seus nomes oficialmente inscritos no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. O livro é um documento que preserva os nomes de pessoas que marcaram a história do Brasil. A contribuição dos ex-escravizados, após a Batalha de Porongos (14 de novembro de 1844) mais de 100 lanceiros desarmados foram “mortos à traição” pelas forças imperiais. Trata-se de mártires que foram homens e guerreiros brilhantes. — Colocar os Lanceiros Negros no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, como está fazendo o Senado da República, é muito mais do que uma homenagem, é um reconhecimento histórico. É resgatá-los, enfim, para a nossa memória. 'É assegurar a liberdade coletiva e a nossa identidade nacional, trazendo do passado silenciado a sonoridade vivida para o presente'. — Ainda que desconhecida para muitos brasileiros, a história dos Lanceiros Negros e de seus ideais merece ser exaltada. Não há dúvida, pois, que a homenagem ora proposta é justa e meritória, e inscrever o nome desses mártires no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria é um ato nobre de reconhecimento de sua importância — afirmou a senadora na reunião da Comissão de Educação. Farrapos Também
CRESSRS
conhecida como Revolução Farroupilha, a guerra civil mais longa do Brasil foi travada durante dez anos, de 1835 a 1845, entre republicanos e imperialistas. Segundo Paulo Paim, uma das questões menos estudadas e menos conhecidas da Guerra dos Farrapos é a contribuição dos negros na luta e o importante papel dos Lanceiros Negros. O corpo de soldados era formado por negros livres ou libertados pela revolução — com a condição de lutarem como soldados pela causa republicana — ou por ex-escravizados, explicou a relatora. Entretanto, apesar de considerados a tropa de choque do exército farroupilha, os negros acabaram se tornando um obstáculo para a negociação de paz com o Império. — Assim, há 177 anos, na madrugada de 14 de novembro de 1844, o regimento foi desarmado, emboscado e massacrado na Batalha de Porongos. No Tratado de Ponche Verde, acordo que selou o final da guerra, as promessas de liberdade não foram plenamente cumpridas. Os lanceiros sobreviventes que não escaparam para quilombos ou para o Uruguai acabaram enviados à corte, no Rio de Janeiro, onde seguiram escravizados até a Lei Áurea, 43 anos depois — registrou Teresa Leitão. O massacre de Porongos foi o fim não apenas para os lanceiros, mas para a própria Revolução Farroupilha. “O combate de Porongos, que mais foi uma matança de um só lado do que peleja, dispersou a principal força republicana, e manifestou estar morta a rebelião”, escreveu Tristão de Alencar Araripe no livro de memórias A Guerra Civil no Rio Grande do Sul, publicado em 1881. Todos os anos comemora-se a tradicional Semana Farroupilha no Rio Grande do Sul, quando o povo gaúcho celebra e rememora a guerra iniciada em 20 de setembro de 1835. Ao elogiar o relatório da colega, lembramos que muitos negros combatentes acabaram não sendo libertados, como havia sido prometido. — O acordo era libertar os negros, mas por que não foram libertos? Porque estava em jogo a questão dos escravos no Brasil. Se se libertassem aqueles negros, duas centenas de negros, isso seria como um pavio de pólvora em todo o Brasil, exigindo-se a libertação de todos os negros. E os escravocratas da época, entendendo isso, não concordaram. Só concordaram com o acordo se matassem todos os negros que participaram da revolução. Que libertem os índios — dizia um documento da época —, que poupem os índios, mas matem os negros. O que estava em jogo ali era a liberdade do povo negro, o fim da escravatura no Brasil. Mas serviu como farol e ajudou muito para que a liberdade viesse no futuro — concluiu o autor do projeto. Fonte - Agência Senado

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sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

Lições da Copa do Mundo de Futebol

Educação e Cultura Milenar
A seleção japonesa deu show dentro e fora de campo até aqui na Copa do Mundo do Qatar. Após estreia com vitória de virada por 2 a 1 em cima da Alemanha, na última quarta-feira (24), atletas e comissão técnica da seleção ainda deixaram o vestiário ‘um brinco’ após utilizarem o espaço.
Imagens após o duelo mostram o vestiário completamente limpo, com coletes, sacos e engradados de água organizados, além de utensílios arrumados em cima da mesa. Curiosamente, os japoneses ainda deixaram origamis, objetos feitos com dobraduras de papel, de presente para quem entrasse no local.
Apesar de surpreender muita gente, o hábito faz parte da milenar cultura oriental, chamado Oosouji, que consiste em fazer uma legítima faxina nos lugares em que estiveram presentes para renovar o ambiente.
Lições de civilidade a serem aplaudidas e aprendidas!

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